terça-feira, 20 de agosto de 2013

Médiuns novos (Médiuns Iniciantes de Umbanda)

Médiuns novos (Médiuns Iniciantes de Umbanda)

É comum sentir medo, receio, a velha pergunta "o que eu estou fazendo aqui no meio desse terreiro, estou ficando louco?"

Tudo muito natural, porém em alguns casos, existem irmãos que passam a se sentir donos de certos "poderes" não é tão incomum ouvir histórias do tipo "agora eu incorporo, então é só pedir tal coisa para meu guia que logo alcançarei..."

Mas o pior é quando o recém nascido médium passa a BRINCAR com os guias, o médium ainda está em desenvolvimento, na gira ainda, mas ele se envaidece tanto, que começa a achar que já está no "super nível" de pai de santo, ele passa a incorporar em casa por qualquer motivo, passa a querer dar consultas, e mal entrou para a gira e já está "recebendo com firmeza", aí meus irmãos... mora o grande perigo, espíritos que gostam de brincar vagam por aí o tempo todo, como semelhante atrai semelhante, é muito fácil que esses espíritos se aproveitem desse irmãozinho desavisado...

Como o médium ainda está no comecinho de sua gira, não sabe ainda discernir as energias, pois ainda tudo é muito confuso, os guias diante de tal situação vão se afastando, até mesmo diante da energia que o médium apresenta, então quem vai se aproximar desses médiuns? Esses kiumbas (espíritos inferiores, também chamados de eguns na Umbanda), e começam a brincar da mesma maneira, até que em determinado momento o guia chefe do terreiro tem de intervir e o médium passa literalmente VERGONHA!

Não adianta dizer: Ah, mas eu não sei o que aconteceu, por que esse kiumba se aproximou de mim e tomou conta dessa forma...

Ora meus irmãos, orai e vigiai, vamos analisar nossos próprios atos, ser médium é um dom maravilhoso, porém uma responsabilidade muito grande, a partir do momento que nos dispomos ao desenvolvimento estamos nos comprometendo como plano espiritual, e eles não estão aqui para nosso beneficio material, não servem para nos envaidecermos, nos acompanham para prestar caridade, encaminhar almas, manipular energias, auxiliando o consulente, as almas e o médium.

É certo que pedindo com fé o auxilio virá, em forma de sonhos, intuição, ou seja lá qual for a forma que eles encontrarão para nos responder, mas ficar chamando o tempo todo é abuso, eles também tem seu trabalho no plano espiritual. Ficar brincando de receber os guias é um ato muito perigoso sem falar que é triste pois está alimentando a vaidade.

Quantos casos já ouvimos de fulano que estava em desenvolvimento e começou a chamar guias em casa ou na casa de amigos para consultas, e na hora que o "bicho pega" acaba se prejudicando e puxando para si cargas pesadas demais para seu grau mediúnico. E os que se utilizam de seus guias para amedrontar as pessoas de sua família? Ou para mandar e desmandar diante da Capa do guia? Brincam com sentimentos e com a vida das pessoas.

"Meu guia mandou dizer é para você não falar mais com tal pessoa" ou "Meu guia mandou dizer que é para você fazer isso ou aquilo por mim que você será recompensado por ele". E o engraçado é que quando o guia vem em Terra ainda não fala.
Respeito, meus irmãos, não faça ao próximo o que não gostaria que fizessem a você, apenas respeite os guias e as pessoas igualmente.

Não é necessário endeusar o guia para os outros, esteja certo de que ele é muito mais humilde do que nós, pequenos encarnados, e nem está interessado em mandar e desmandar na vida pessoal de ninguém, é certo que diante de perigos eles nos irão alertar, mas temos o livre arbítrio de escolher por onde trilharemos.

Texto de Taty - Grupo Povo de Aruanda

Texto retirado de: espiritualidadeeumbanda.blogspot.com

Lembremo-nos sempre:
*Umbanda é coisa séria para gente séria (Caboclo Mirim).

*Umbanda = Manifestação do Espírito para a caridade.

*Orai e Vigiai.

domingo, 5 de maio de 2013

Umbanda de Preto Velho...





'Quem vive e sente a pureza da Umbanda está sempre Feliz, pois sabe que mesmo nos momentos difíceis está evoluindo e aprendendo... 
Até quando tropeçam, tropeçam para frente.' 
Vovô Joaquim d’Angola.






Chora meu cativeiro, meu cativeiro, meu cativerá
Chora meu cativeiro, meu cativeiro, meu cativerá

No tempo da escravidão quando o Senhor me batia
eu gritava por Nossa Senhora
meu Deus o chicote duia

Chora meu cativeiro, meu cativeiro, meu cativerá
Chora meu cativeiro, meu cativeiro, meu cativerá

No tempo da escravidão Preto velho muito trabalhou
Ñ tinha o q penssar e entregava problemas para nosso senhor
E quando chegava a noitinha Preto Velho pegava o tambor
Sentava em sua senzala Saravá pai ogum saravá pai Xangô

Chora meu cativeiro, meu cativeiro, meu cativerá
Chora meu cativeiro, meu cativeiro, meu cativerá

No tempo da escravidão Preto Velho sabia rezar
Sentava em sua senzala e tocava macumba até o sol raia

Chora meu cativeiro, meu cativeiro, meu cativerá
Chora meu cativeiro, meu cativeiro, meu cativerá

sábado, 13 de abril de 2013

Logum ou Ologum.


Ogum é um orixá cultuado nas religiões de Umbanda e Candomblé, correspondendo a São Jorge, na Igreja Católica no sincretismo religioso. Seu dia é o 23 de abril.
Logum ou Ologum (olo = senhor, Gum = guerra, ou seja, o senhor da guerra ou guerreiro) é uma divindade da cultura Iorubá, região onde localiza-se hoje a Nigéria. Nos domínios de Obéocutá, seu culto era essencialmente agrário, como ainda o é, é a divindade do ferro, quem produz as ferramentas necessárias ao cultivo. Nesta Região, poucos são os que dominam a arte de fundir e moldar o ferro de forma manual. Por isso, todos que dominam esta técnica são protegidos de Ogum.
Na África, a organização teológica funciona de modo diferente à forma como se desenvolve a religiosidade afro no Brasil. Lá, as pessoas acreditam que a divindade Iorubá é um ancestral comum aos moradores da tribo, cidade, ou etnia. No caso, grande parte das pessoas que praticam as religiões "tradicionais" da região de Obéocutá, acreditam que Ogum seria seu ancestral divinizado.
Quanto ao mito, Ogum é lembrado como conquistador e caçador, como quem sempre defendeu os seus e sempre proveu de alimentos sua tribo. Contudo, no Brasil seu mito muda de aspecto, devido a lógica da escravidão, os africanos acabam por exaltar outros aspectos desta divindade, de forma a contemplar seus anseios, buscando se livrar dos castigos dos seus senhores, passavam então a privilegiar o aspecto guerreiro e violento da divindade.
Ogum é o guerreiro, general destemido e estratégico, é aquele que veio para ser o vencedor das grandes batalhas, o desbravador que busca a evolução.
Defensor dos desamparados, segundo a lenda, Ogum andava pelo mundo comprando a causa dos indefesos, sempre muito justo e benevolente. Ele era o ferreiro dos orixás, senhor das armas e dono das estradas. Irreverente, pois é um orixá valente, traz na espada tudo o que busca.
É o protetor dos policiais, ferreiros, escultores, caminhoneiros e todos os guerreiros.

Festa Para A Cavalaria de Ogum!!!!


Ogum (em yoruba: Ògún) é, na mitologia yoruba, o orixá ferreiro,[1] senhor dos metais. O próprio Ogum forjava suas ferramentas, tanto para a caça, como para a agricultura, e para a guerra. Na África seu culto é restrito aos homens, e existiam templos em Ondo, Ekiti e Oyo. Era o filho mais velho de Oduduwa, o fundador de Ifé, identificado no jogo do merindilogun pelos odu etaogunda, odi e obeogunda, representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba ogun.
Ogum é considerado o primeiro dos orixás a descer do Orun (o céu), para o Aiye (a Terra), após a criação, um dos semideuses visando uma futura vida humana. Em comemoração a tal acontecimento, um de seus vários nomes é Oriki ou Osin Imole, que significa o "primeiro orixá a vir para a Terra".
Ogum foi provavelmente a primeira divindade cultuada pelos povos yorubá da África Ocidental. Acredita-se que ele tenha wo ile sun, que significa "afundar na terra e não morrer", em um lugar chamado 'Ire-Ekiti'.
É também chamado por Ògún, Ogoun, Gu, Ogou, Ogun e Oggún. Sua primeira aparição na mitologia foi como um caçador chamado Tobe Ode.[2]